segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Nazi-fascismo em imagens

Estudamos em aula o nazi-fascismo. Aqui vão algumas imagens que dizem mais do que tudo o que se falou em aula, principalmente sobre o nazismo.





















Algumas imagens "light", para não chocar tanto.
Que o mundo não esqueça disso...

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Vídeo útil

Pessoal, um vídeozinho muito útil para vocês. Mais do que conteúdo de História, traz conteúdo para a vida. Em apenas 1 minuto!
Não deixem de assistir, mas tem que aumentar o volume!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ENEM

Como vocês sabem, ENEM isso dá muito certo no Brasil. A velha cultura de querer tirar vantagem em tudo, e "os outros que se ralem..."
Mas já tem as novas datas para o ENEM (agora sai, pensamento positivo!), anota aí:
05 e 06 de dezembro.
Mais tempo para estudar e "se puxar"!!!
Té + (enquanto o ENEM não chega, estudem para a prova de quinta-feira, as cópias já estão prontas e comigo, dificilmente vazarão!!)

O último!!!


WASHINGTON LUÍS

Nome: WASHINGTON LUÍS PEREIRA DE SOUZA

Período em que esteve no poder: DE 15 DE NOVEMBRO DE 1926 À 24 DE OUTUBRO DE 1930.
Como assumiu: Sua eleição foi recebida com grandes esperanças, após um período de agitações políticas. Isento de prevenções e de rancores, Washington Luís libertou todos os presos políticos e também muitos cidadãos presos injustamente, segundo sua mensagem presidencial de 1927, e não prorrogou o estado sítio que caracterizou o quadriênio anterior, de Artur Bernardes, que continuou vigorando, porém, em alguns estados, para o combate da Coluna Prestes. Extingüiu os presídios políticos da Ilha da Trindade e da Clevelândia no Amapá.
Adotou em seu governo o lema " Governar é contruir estradas ".
Rompeu com a política do café-com-leite ao apoiar outro representante da política paulista, Júlio Prestes, para presidente.

Realizações:
Realizações : Como Presidente da República, exerceu grandes realizações como: REFORMA DO ENSINO, ABERTURA DAS PRIMEIRAS RODOVIAS BRASILEIRAS, INAUGURAÇÃO DAS PRIMEIRAS LINHAS DE AVIAÇÃO COMERCIAL, DEMARCAÇÃO DAS FRONTEIRAS DO BRASIL, PROGRAMA DE UMA AMPLA REFORMA FISCAL E MONETÁRIA, QUE SÓ NÃO ACONTECEU DEVIDO A CRISE DE 1929.

Acontecimentos: Em 1930 é exilado pelo movimento que levou Getúlio Vargas ao poder, só retornando ao Brasil em 1947, depois de 17 anos de exílio, a partir daí, retirou-se da política, vindo a falecer a 4/8/1957, em São Paulo.
Daqueles dias de áureas realizações, ficaram as lembranças e a certeza de que, aquele que conduz jamais será conduzido.

JENIFFER THAÍS, PATRÍCIA MOTTA E RAÍSSA PEREIRA VIEIRA

Arthur Bernardes


ARTHUR BERNARDES

Nome completo: Arthur da Silva Bernardes.
Período em que esteve no poder: 15/11/1922 a 15/11/1926.
Como assumiu: eleição direta. 466.877 (quatrocentos e sessenta e seis mil oitocentos e setenta e sete).

Realizações: Além da oposição por parte da baixa oficialidade militar (incentivados pela revolução comunista), ele ainda confrontou uma guerra civil no Rio Grande do Sul, onde Borges de Medeiros tentava se eleger presidente do estado pela quinta vez consecutiva, e também o movimento operário, que se fortalecia novamente. Em 1923 e 1924 ocorreram novas ações tenentistas no Rio Grande do Sul e em São Paulo, respectivamente. Tudo isso levou Bernardes a decretar quase que ininterruptamente o estado de sítio(Medida extrema, que pode ser decretada caso o estado de defesa não tenha surtido o efeito desejado ou em virtude de declaração de guerra).
Artur Bernardes foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e sempre se bateu pela ideologia nacionalista e de defesa dos recursos naturais do Brasil.
Foi contrário à ascensão de Antônio Carlos Ribeiro de Andrada ao governo de Minas Gerais mas não pode evitá-la.
Acontecimentos: Sob seu governo, o Brasil se retirou da Liga das Nações em 1926.
Bernardes promoveu a única reforma da Constituição de 1891, reforma que foi promulgada em setembro de 1926 e que alterava principalmente as condições para se estabelecer o estado de sítio no Brasil. Após deixar o governo, foi eleito senador em 1929.

CAROLINA E MARIANA

Epitácio Pessoa


EPITÁCIO PESSOA

Nome:
Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa
Período de Governo: 1919
Assumiu porque... Rodrigues Alves não pode assumir por motivos de doença.
Fatos Marcantes: Seu governo foi marcado por revoltas militares que somente acabaram na revolução de 1930, quando Getúlio Vargas assume a presidência da republica.
Realizações:
Terminou algumas obras contra a seca no Nordeste, onde construiu centenas de açudes, poços e 500Km de vias férreas;
Cuidou da econimia cafeeira tentando ao maximo manter um nivel de lucro para a exportação do mesmo;
Aboliu, em 1920, a lei que bania a Família Imperial do Brasil;
Inaugurou a 1ª estação d erádio do Brasil;
Criação da Universidade do Rio de Janeiro a (URJ).
ADILSON, ISMAEL E THYAGO

Delfim Moreira


DELFIM MOREIRA

Nome Completo: Delfim Moreira da Costa Ribeiro

*Período em que esteve no poder:
Foi presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1918 e 28 de julho de 1919.
*Como assumiu:
Assumiu a presidência devido ao falecimento de Rodrigues Alves, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições (à época a Constituição previa que o vice-presidente só assumiria provisoriamente, caso o presidente morresse antes de decorridos dois anos de sua posse, ou seja, a metade de seu mandato).
*Realizações:
No seu governo, o Brasil se fez representar na Conferência de Paz em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa. Reformou a administração do território do Acre, republicou o Código civil brasileiro com várias correções ao texto original de 1916. Decretou intervenção no estado de Goiás.
*Acontecimentos:
Seu curto mandato (que ficou conhecido como regência republicana) foi um período assinalado por vários problemas sociais, especialmente um grande número greves gerais. O presidente, no entanto, tendia a menosprezar essa crise, dizendo que as greves "não passavam de casos de polícia".
BIANCA, BRUNO, JULIANE

Rodrigues Alves - Parte II (até a morte...)


RODRIGUES ALVES

Nome Completo: Francisco de Paula Rodrigues Alves
*Período em que esteve no poder:
Foi eleito duas vezes, cumpriu integralmente o primeiro mandato (1902 a 1906), mas faleceu antes de assumir o segundo mandato (que deveria se estender de 1918 a 1922).
*Como assumiu:
A facilidade para obter novos créditos no exterior, devido a conjuntura econômica favorável que o país se encontrava, face a recuperação dos preços do café no mercado internacional e a austera política de saneamento financeiro executada por seu antecessor, permitiu que Rodrigues Alves tornasse a contrair dívidas junto a estes mesmos banqueiros para financiar a remodelação urbanística e o saneamento da capital federal, pontos básicos de seu programa de governo. As condições sanitárias da cidade, que desde meados do século anterior convivia com sucessivos surtos de doenças infecciosas, vinham ameaçando a política de estímulo a imigração, indispensável para o suprimento de mão-de-obra aos setores mais dinâmicos da economia brasileira após o declínio do trabalho escravo.
*Realizações:
Seu governo foi destacado pela campanha da vacina obrigatória, que ocasionou a Revolta da Vacina,promovida pelo médico Osvaldo Cruz,e pela reforma da cidade do Rio de Janeiro.Em seu governo ocorreu também a revolta da Escola Militar e o Convênio de Taubaté, que foi a primeira política de valorização do café. Esse convênio reuniu São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e eles decidiram que o governo federal compraria e estocaria as sacas de café para evitar a queda de preço.Também determinaram um imposto de três francos por saca exportada.

*Acontecimentos:
Foi durante sua gestão que o Brasil anexou o território do Acre (hoje Estado do Acre), após um acordo com a Bolívia, negociado pelo Barão do Rio Branco, e que determinava que o Brasil pagaria àquele país dois milhões de libras esterlinas e construiria a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, por onde seria escoada a produção de borracha.
O Governo Rodrigues Alves enfrentou ainda uma grave crise do café, ocasionada pela superprodução e queda dos preços do produto no mercado. Para enfrentar essa crise, foi assinado, em março de 1906, o Convênio de Taubaté, onde os governos estaduais se comprometiam a comprar o excedente da produção para garantir os preços. Este acordo contribuiria para o reendividamento do Brasil, uma vez que para cumpri-lo, os estados recorreram a empréstimos externos.
BIANCA, BRUNO, JULIANE

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Venceslau Brás

VENCESLAU BRÁS

Venceslau Brás Pereira Gomes (1914-1918)
Venceslau Brás Pereira Gomes (Brasópolis (então São Caetano da Vargem Grande), 26 de fevereiro de 1868Itajubá, 15 de maio de 1966) foi um advogado e político brasileiro; presidente do Brasil entre 1914 e 1918, com um pequeno afastamento de um mês em 1917 por motivo de doença. Seu vice-presidente foi Urbano Santos da Costa Araújo.
Era um político despretensioso, de gênio pacífico e conciliador. Quando vice-presidente do Estado de Minas, não criou dificuldades ao governador João Pinheiro. Por decisão própria afastou-se até a morte deste, em 1909, quando teve de assumir o governo e, ainda assim, manteve a política de seu antecessor, atraindo as simpatias daqueles que se achavam na órbita do poder. Eleito vice-presidente da República, em 1910, passou a ser oficialmente o presidente do Senado, conforme manda a Constituição. Preferiu, entretanto, retirar-se para Itajubá, afastando-se da política, com o que deu plena liberdade de movimentos, tanto ao presidente da República, marechal Hermes da Fonseca, como ao senador Pinheiro Machado que, como vice-presidente do Senado, substituiu Venceslau no trabalho de articulação política.

Período Presidencial - Venceslau Brás assumiu o governo adotando uma austera política financeira. Para enfrentar a redução drástica das exportações brasileiras, devido à desorganização do mercado internacional provocada pela Primeira Guerra Mundial, foram queimadas três milhões de sacas de café estocadas, evitando-se assim a queda dos preços. Essa situação determinou a segunda valorização do café, entre 1917 e 1920.
ALESSANDRO, CARLO, JÉSSICA DIOGO

Outro militar: Hermes da Fonseca


MARECHAL HERMES DA FONSECA


Nome completo: Hermes Rodrigues da Fonseca
Período em que ficou no poder foi do ano de 1910 ao ano de 1914.
Em novembro de 1908, após regressar de uma viagem à Alemanha, onde assistira a manobras militares como convidado de Guilherme II foi indicado para a sucessão presidencial. Contou com o apoio do presidente Nilo Peçanha.
Hermes da Fonseca enfrentou logo na primeira semana de governo, em novembro de 1910, a Revolta da Chibata arquitetada por cerca de dois anos e que culminou num motim dos marinheiros no Encouraçado Minas Gerais, Encouraçado São Paulo, Encouraçado Deodoro e Cruzador Bahia, revolta liderada pelo marinheiro João Cândido Felisberto. Depois de conseguido o objetivo, o fim da aplicação da Chibata na Marinha, e concedida à anistia a todos os mais de dois mil marinheiros amotinados, o governo traiu sua palavra e começou um processo de expulsão de marinheiros. O primeiro motim, já controlado, foi seguido de um levante no batalhão de fuzileiros navais sem causa aparente. O Marechal Hermes ordenou o bombardeio aos portos e colocou o país em estado de sítio. Mais de 1200 marinheiros foram expulsos e centenas foram presos e mortos. Apesar de ser bastante popular quando eleito, sua imagem ficou bastante abalada depois da revolta. Logo outra revolta veio conturbar o seu governo, a Guerra do Contestado, que não chegou a ser debelada até o fim de seu governo.

Em seu governo ocorreu nova renegociação da dívida externa brasileira, em 1914, com um segundo funding loan (o primeiro fora negociado por Campos Sales), pois a situação financeira do Brasil não andava bem. Sua política externa manteve a aproximação com os Estados Unidos, traçada pelo chanceler Barão do Rio Branco, que continuou no cargo de ministro, até 1912, quando faleceu.
No plano interno, prosseguiu o programa de construção de ferrovias, incluindo a ferrovia Madeira-Mamoré e de escolas técnico-profissionais, delineado no governo Afonso Pena. Instalou a Universidade do Paraná. Concluiu as reformas e obras da Vila Militar de Deodoro e do Hospital Central do Exército, entre outras, além das vilas operárias, no Rio de Janeiro, no subúrbio de Marechal Hermes e no bairro da Gávea.

Ao deixar a presidência, em novembro de 1914, candidatou-se ao Senado pelo Rio Grande do Sul, mas recusou-se a assumir a cadeira, em virtude do assassinato de Pinheiro Machado, no dia em que deveria ser diplomado, em setembro de 1915. Viajou para a Europa, afastando-se da política, e só retornou ao Brasil após seis anos de vida na Suíça (1920), quando se iniciava uma nova campanha presidencial.
Acolhido carinhosamente pelos militares, foi conduzido à presidência do Clube Militar em 1921. Nesta condição entrou em conflito com o governo de Epitácio Pessoa ao prestigiar as forças políticas que apoiaram a candidatura de Nilo Peçanha, no movimento “reação republicanas”, e envolver-se na frustrada revolta militar de 1922, conhecida como revolta do forte de Copacabana.
Durante a eleição presidencial de 1922, cartas falsas contra Hermes da Fonseca, onde era chamado de sargentão sem compostura, foi atribuído à autoria de Artur Bernardes, o que causou tumulto imenso naquelas eleições
Sua prisão foi então decretada pelo presidente Epitácio Pessoa. Seis meses depois foi libertado graças a um habeas corpus. Doente, retirou-se para Petrópolis (RJ), onde morreu em nove de setembro de 1923.

Foi o único presidente a casar-se durante o mandato presidencial, sua primeira esposa, Orsina Francioni da Fonseca, com que se casou em 1878 veio a falecer em 1912. Sua segunda esposa foi à caricaturista Nair de Tefé Von Hoonholtz, filha do Almirante e Barão de Teffé, Nair seria hoje considerada uma feminista - e, em sua longa vida, chegaria a participar das primeiras comemorações do Ano Internacional da Mulher. Casaram-se no dia 8 de dezembro de 1914 Palácio do Catete - Rio de Janeiro.
Durante seu governo, foi editado um decreto instituindo o uso da faixa presidencial no Brasil, sendo ele mesmo o primeiro presidente a usá-la e o primeiro a passá-la a seu sucessor. Desde então, todos os presidentes a recebem na ocasião da posse. Hermes da Fonseca é um dos dois únicos militares a chegar à Presidência de forma direta e eleitoral. O outro foi Eurico Gaspar Dutra.
Nascimento: São Gabriel - RS, em 12.05.1855
Falecimento: Petrópolis- RJ, em 09.09.1923
Profissão: Militar (Marechal)
Período de Governo: 15.11.1910 a 15.11.1914 (04a)
Idade ao assumir: 55 anos
Tipo de eleição: direta
Votos recebidos: 403.867 (quatrocentos e três mil oitocentos e sessenta e sete)
Posse: em 15.11.1910, em sessão solene do Congresso Nacional presidida pelo Senhor Quintino Bocaiúva
Vice-Presidente:
Wenceslau Braz Pereira Gomes
CRISTIANE, ARYANE, BRUNA MEDEIROS

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Nilo Peçanha - menos tempo ainda!


NILO PEÇANHA


Assumiu a presidência da república após o falecimento de Afonso Pena, em 14 de junho de 1909, e governou até 15 de novembro de 1910.
Era filho de Sebastião de Sousa Peçanha, padeiro, e de Joaquina Anália de Sá Freire, descendente de uma família importante na política norte fluminense. Teve quatro irmãos e duas irmãs. A família vivia pobremente em um sítio no atual distrito de Morro do Coco, até que se mudou para o centro da cidade quando Nilo Peçanha chegou na idade escolar. Seu pai era conhecido na cidade como "Sebastião da Padaria".
Foi descrito como sendo mulato e freqüentemente ridicularizado na imprensa que se referiam à cor da sua pele. Durante sua juventude, a elite social de Campos dos Goytacazes chamava-o de "o mestiço de Morro do Coco”.
Em 1921, quando concorreu à presidência da República como candidato de oposição, cartas atribuídas falsamente ao candidato governista, Artur Bernardes, foram publicadas na imprensa e causaram uma crise política, pois insultavam o ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca, representante dos militares, e também Nilo Peçanha, que era xingado de mulato. Gilberto Freyre, escrevendo sobre futebol, usou-o como paradigma do mulato que vence usando a malícia e escondendo o jogo mencionando que "o nosso estilo de jogar (...) exprime o mesmo mulatismo de que Nilo Peçanha foi até hoje a melhor afirmação na arte política".
A biografia oficial escrita por um parente, Celso Peçanha, nada menciona sobre suas origens raciais, mas uma outra biografia posterior o faz. Portanto, alguns pesquisadores expressam dúvidas sobre se Nilo Peçanha era ou não mulato. Em qualquer caso, suas origens foram muito humildes: ele mesmo contava ter sido criado com "pão dormido e paçoca”.
Terminou os estudos preliminares em sua cidade. Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo e depois na Faculdade do Recife, onde se formou. Casou-se com Ana de Castro Belisário Soares de Sousa, conhecida como "Anita", descendente de aristocráticas e ricas famílias campistas. O casamento foi um escândalo social, pois a noiva teve que fugir de casa para poder se casar com um sujeito pobre e "mulato", embora político promissor.
Participou das campanhas abolicionista e republicana. Iniciou a carreira política ao ser eleito para a Assembléia Constituinte em 1890.
Em 1903 foi eleito sucessivamente senador e presidente do estado do Rio de Janeiro, permanecendo no cargo até 1906 quando foi eleito vice-presidente de Afonso Pena.
Presidente
Com a morte de Afonso Pena em 1909, assumiu o cargo de presidente. Seu governo foi marcado pela agitação política em razão de suas divergências com Pinheiro Machado, líder do Partido Republicano Conservador.
Apoiou o candidato Hermes da Fonseca a sua sucessão em 1910, contra Rui Barbosa e o presidente de São Paulo Albuquerque Lins candidatos de oposição que fizeram a campanha civilista que foi derrotada por Hermes. Os conflitos entre as oligarquias estaduais se intensificaram, sobretudo em Minas Gerais e São Paulo. Minas Gerais apoiou Hermes e São Paulo apoiou Rui Barbosa. Hermes da Fonseca foi eleito para governar de 1910 a 1914.
Durante seu governo presidencial, Nilo Peçanha criou o Ministério da Agricultura, Comércio e Indústria, o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), e inaugurou o ensino técnico no Brasil.
Após a presidência
Ao fim do seu mandato presidencial, retornou ao Senado e, dois anos, depois foi novamente eleito presidente do Estado do Rio de Janeiro. Renunciou a este cargo em 1917 para assumir o Ministério das Relações Exteriores. Em 1918 foi novamente eleito senador.
Em 1921 foi candidato à presidência da República pelo Movimento Reação Republicana, que tinha como objetivo contrapor o liberalismo político contra a política das oligarquias estaduais. Embora apoiado pelas situações pernambucana, gaúcha e fluminense, e por boa parte dos militares, foi derrotado pelo candidato governista Artur Bernardes nas eleições de 1922. Faleceu em 1924, no Rio de Janeiro, afastado da vida política.

Afonso Pena (por pouco tempo)


AFONSO PENA


Foi o sexto presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1906 e 14 de junho de 1909, data de seu falecimento. Antes da carreira política, foi advogado e jurista.
Carreira Diplomado em Direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1870

Apesar de ter sido eleito com base na chamada política do café-com-leite, realizou uma administração que não se prendeu de tudo a interesses regionais. Incentivou a criação de ferrovias, e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico, por meio da expedição de Cândido Rondon.
Fez à primeira compra estatal de estoques de café, em vigor na República Velha, transferindo assim, os encargos da valorização do café para o Governo Federal, que antes era praticada regionalmente, apenas por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que haviam assinado o Convênio de Taubaté.
Modernizou o Exército e a Marinha por meio do general Hermes da Fonseca, e incentivou a imigração. Seu lema era: "governar é povoar”.
Seus ministérios eram ocupados por políticos jovens e que respeitavam muito a autoridade dele. Estes jovens receberam a alcunha de Jardim da Infância. Chegou mesmo a declarar, em carta a Rui Barbosa, que a função dos ministros era executar seu pensamento:"Na distribuição das pastas não me preocupei com a política, pois essa direção me cabe, segundo as boas normas do regime. Os ministros executarão meu pensamento. Quem faz a política sou eu".
Foi um grande incentivador das ferrovias, sendo que se destaca em seu governo, a construção da NOB e da ligação das ferrovias paulistas com as paranaenses, permitindo-se pela primeira vez, a ligação do sudeste do Brasil com o sul do Brasil por trem.
Em virtude de seu afastamento dos interesses tradicionais das oligarquias, na chamada República oligárquica, enfrentou uma crise por ocasião da sucessão. David Morethson Campista, indicado pelo presidente, foi rejeitado pelos grupos de apoio a Hermes da Fonseca. Ainda tentou indicar os nomes de Campos Sales e Rodrigues Alves, sem sucesso. Em meio a tudo isso, iniciou-se também a campanha civilista, lançada por Rui Barbosa.

Com a casa deixada em ordem pelos seus antecessores e com o crédito exterior reabilitado, Afonso Pena não tinha qualquer compromisso com a austeridade econômica, e tinha todos os compromissos com a minoria que lhe propiciou a candidatura e garantiu sua eleição. O Convênio de Taubaté, que alterara os rumos das eleições presidenciais, estava agora aprovado pelo Congresso Nacional, por maioria esmagadora. Na Câmara, a aprovação se deu por 107 contra 15 votos e no Senado, por 31 contra 6 votos. Essa votação tinha acontecido ao final do governo de Rodrigues Alves, e a revelia deste. Como a criação de uma Caixa de Conversão, conforme previsto no Convênio, dependia de leis complementares, os interessados esperaram a mudança de governo para concluir os trâmites, o que aconteceu sem maiores problemas.
Afonso Pena, que, quando governador de Minas, já construíra uma cidade para abrigar a nova Capital do Estado, sonhava agora em marcar sua passagem pela Presidência da República com a realização de grandes obras, abrangendo o país inteiro. Incluia, em seus planos, ferrovias cortando o Brasil por todos os quadrantes, e a tão sonhada ferrovia Norte-Sul, ligando Belém do Pará a Porto Alegre.
Num primeiro momento, as linhas já existentes seriam prolongadas, ao norte, até as barrancas do Rio São Francisco e, ao sul, partindo de São Paulo, pela Alta Sorocabana, e atravessando os Estados do Paraná e Santa Catarina, até a capital do Rio Grande do Sul. Na Alta Paulista, partindo de Bauru, um novo ramal seguiria a noroeste, atravessando o Estado do Mato Grosso, até chegar a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. E projetava, mais, reforma de portos, melhoria da vida nas cidades, subsídio às indústrias, etc., etc.
O Brasil vivia um daqueles momentos de euforia, esquecendo-se de um detalhe muito importante: todo o progresso vinha sendo conseguido com o dinheiro fácil dos empréstimos no exterior, ou seja, sacava-se outra vez sobre o futuro, deixando as dívidas para serem pagas pelos governos seguintes. Pondo-se de lado esse fato, no mais, o quadriênio foi profícuo em obras, embora não tenha conseguido levar a efeito todo o plano, por demais ambicioso para um período tão curto.

No governo Afonso Pena surgiu uma nova onda imigratória, de várias nacionalidades e para diversos pontos do país. Os italianos foram para o interior de São Paulo, os alemães, para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, os poloneses e russos, para o Paraná, Chegam novas levas de portugueses e também de libaneses, aos quais a população se habituou chamar de turcos.
A economia continuava centralizada no café e na borracha, produtos dos quais ainda éramos os grandes exportadores. Da borracha por exemplo, o Brasil conseguia suprir 80 por cento das necessidades do mercado internacional. Uma situação que não perduraria por muitos anos, pois, dependendo exclusivamente de seringueiras nativas, e sem que os produtores se preocupassem em fazer uma plantação regular e ordenada, acabamos perdendo mercado para outros novos países, especialmente a Malásia.
O país podia contar, afinal, com um modesto desenvolvimento industrial, com tecelagens e indústrias de bens de consumo, tudo para venda no mercado interno. O futuro da indústria era promissor, pelos incentivos oficiais que recebia e pela chegada de imigrantes que vinham reforçar a mão-de-obra nas cidades.


Diplomacia
O Barão do Rio Branco, confirmado uma vez mais na pasta de Relações Exteriores, prosseguiu em seu trabalho diplomático de resolver questões com os países vizinhos, atuando no sentido de delimitar as fronteiras passíveis de litígio, especialmente com a Colômbia, a Venezuela, o Peru e o Uruguai.
Em 1907, Rui Barbosa foi indicado para representar o Brasil na Conferência de Paz de Haia (Holanda), defendendo ardorosamente o princípio de igualdade de todas as nações soberanas, independentemente de sua projeção. Impressionou a todos com sua oratória e, num feito extraordinário, obteve a aprovação de seu projeto de criar uma Carta Internacional de Arbitragem para resolver conflitos internacionais. Tamanha a impressão causou que seu nome foi incluído entre os Sete Sábios de Haia, assim escolhidos: Rui Barbosa, Barão Marshal, Nelidoff, Choate, Kapos Meye, Léon Bourgeois (Prêmio Nobel da Paz em 1920) e Conde Tornieli. Para nós, Rui ficou para sempre conhecido como A Águia de Haia.
A sucessão presidencial
Descuidando-se do fato de que o poder central já não tinha mais aquela força que lhe era dada pela Política dos Governadores, Afonso Pena, pretendendo seguir o exemplo de seus antecessores, assumiu a tarefa de coordenar a escolha de um candidato às próximas eleições presidenciais e jogou todas as cartas sobre o nome de seu ministro da Fazenda, o jovem Davi Campista, contrariando, com isso, as pretensões veladas de outros auxiliares e, o que é pior, levantando a fúria do todo poderoso Pinheiro Machado, que detinha o controle do Congresso Nacional. O escolhido pelo Presidente, como se recorda, era um dos egressos do Jardim da Infância e não tinham, nem ele, nem seus companheiros, lastro político para sustentar uma luta dessa envergadura.
Entre os governistas, a candidatura não despertou interesse maior. Se os caciques republicanos não lhe faziam franca oposição, também não tinham motivos para cruzar lanças nesse terrível embate que é o processo eleitoral, menos ainda se dispunham a queimar seu prestígio por um nome de menor projeção, e que não tinha qualquer identificação com as forças políticas dominantes. Já o grande opositor, Pinheiro Machado, viu nesse lance a grande oportunidade de provocar uma cisão dentro do governo e, manhosamente, insinuando-se entre oficiais militares de prestígio, conseguiu convencer o seu conterrâneo marechal Hermes da Fonseca, então ministro da Guerra, a se lançar candidato, reavivando o saudosismo dos governos fortes de Deodoro e Floriano.
Os acontecimentos se precipitam. Em 12 de maio de 1909, aniversário do Hermes, o capitão Jorge Pinheiro, lança a candidatura do marechal, fazendo, em presença do ministro, severas críticas ao governo. Animado, o marechal apresenta a Afonso Pena uma carta seca e ríspida, pedindo demissão do Ministério. Na ocasião, assegurou ao Presidente que não se envolveria no processo eleitoral mas, no dia seguinte, enviou uma carta a Afonso Pena, retificando sua posição. Rui Barbosa, sondado a respeito por Pinheiro Machado, descarta seu apoio, não por ser o candidato um militar, mas pelo tom militarista com que a campanha havia sido lançada. Finalmente, no dia 19, em protesto contra tal candidatura, o deputado Carlos Peixoto Filho, renuncia à presidência da Câmara, solidarizando-se com o presidente da República.. Com essa renúncia, bem intencionada mas ineficaz, desfaz-se também o bloco de apoio presidencial, o chamado Jardim de Infância. O Presidente ficou só, completamente só. O golpe foi pesado demais, levando-o à depressão, à doença e ao fim. No dia 14 de junho de 1909, após dois meses de crise política, morria Afonso Pena, assumindo em seu lugar o vice, Nilo Peçanha
BARBARA BORBA, EDEMAR, SUELLEN